Gestão de Riscos
O Brasil possui uma das mais completas e modernas legislações para a proteção de comunidades que ocupam regiões de risco. Elas determinam que os municípios e empreendimentos elaborem planos de ação de contingência, visando a proteção das comunidades sujeitas a perigos provenientes de fenômenos naturais ou atividades produtivas. Estes documentos devem ter ampla divulgação e ser debatidos com todos os potenciais atingidos ou com os envolvidos com as emergências, sejam os comunitários, agentes governamentais e de defesas civis.
Porém, somos constantemente surpreendidos por tragédias cíclicas, e anunciadas, onde os únicos avisos que os vulneráveis receberam foram - os gritos dos vizinhos diante do tsunami de destroços de minério de ferro em Mariana e Brumadinho, MG; o barulho de pedras despencando morro abaixo, na Região Serrana do Rio de Janeiro; a água invadindo suas casas nas recentes inundações de São Paulo, Minas, Bahia, Pernambuco; o alagamento de sítios na abertura de comportas da hidrelétrica de Salto Caxias, no Paraná; o som de explosões nos incêndios em depósitos de Guarulhos, SP; etc.
A indignação maior é que em todas as tragédias, houve tempo suficiente para que as inocentes vítimas fossem orientadas e se colocassem em locais seguros, evitando-se muitas mortes e prejuízos financeiros. Notícias da imprensa relatam que a maioria dos afetados não recebeu qualquer comunicado, ignorava o que fazer, para onde ir e, que os agentes da defesa civil, estavam mal treinados; sem equipamentos adequados e desconheciam a região.
A comparação com as consequências de catástrofes, nos países que mais convivem com eventos extremos, mostra que no Brasil, a maioria das vítimas poderia ter sido salva, caso a população vulnerável fosse capacitada previamente, em como proceder frente a um evento perigoso e contasse com um sistema de comunicação que os orientasse durante a evolução do risco.
A GEOCART vem trabalhando para criar um ambiente que garanta a efetiva Gestão dos Riscos de Desastres de forma a propiciar uma distribuição mais equânime de responsabilidades, conhecimentos e habilidades no tratamento de eventos perigosos, visando obter a máxima redução dos danos e nenhuma perda humana. A nossa maior motivação é que população, o agente com maior dificuldade em compreender e desempenhar seu papel nos Planos de Contingência, avisada em tempo hábil, execute com as devidas destreza e efetividade as ações que lhe são preconizadas e estejam aptas a salvar seus familiares, bens e criações.