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Comunidades
Resilientes

Conforme dados da ONU, de 1995 a 2015, considerando os desastres naturais, o Brasil estava entre os 10 países com maior número de afetados, com mais de 38 mil eventos, cerca de 51 milhões de impactados e perdas da ordem de R$ 183 bilhões. Segundo dados do IBGE, em áreas de riscos, há cerca de 5,12 milhões de domicílios distribuídos em 13 mil favelas e palafitas. Só na região metropolitana de São Paulo há mais de 750 mil residências em áreas de risco para deslizamento / desabamento (crescimento de 20% em 11 anos). Apenas no período chuvoso 2021/22, houve mais de 500 mortes devido a temporais no Brasil.

Conforme as autoridades essa situação alarmante é resultado de moradias irregulares, da ocupação ilegal do terreno e do uso inadequado do solo pelos moradores. Em suma. são as próprias vítimas as responsáveis por suas aflições.

Se a vulnerabilidade já era grande ficou ainda maior. Após a ruptura da barragem de Mariana, MG, ficou consensado que, em catástrofes, pode ser impossível para qualquer órgão de defesa adentrar a área afetada em tempo de auxiliar as pessoas em perigo. Com esse entender, a legislação definiu ZAS – Zona de Autossalvamento, como sendo a região onde os comunitários são os próprios responsáveis pelo abandono das áreas de risco. Isto é, a legislação retira das Defesas Civis ou das empresas que causaram o perigo, a responsabilidade pela evacuação das pessoas das áreas de riscos e a repassa para os comunitários que são os com maior necessidade de auxílio para o enfrentamento de situações de risco.

E são essas pessoas, com parcos recursos para enfrentar desastres, que invariavelmente, pagam com a vida e bens o surgimento de eventos perigosos. Isso porque, invisibilizadas pela sociedade, só ocupam locais degradados sujeitos a alagamento, deslizamento, erosão, ruptura de barragem; vivendo em habitações precárias e convivendo com falta de saneamento; analfabetismo e desemprego, por ser está a única opção financeira de que dispõem. Em consequência, os riscos provocados por fenômenos naturais ou atividades industriais, até de baixa intensidade, se transformam em verdadeiras calamidades nessas comunidades.

Neste ambiente, só resta às autoridades de defesa civil - por atribuição; aos empreendedores com atividades que geram risco aos seus vizinhos - por responsabilidade social; e a toda a sociedade - por apoio humanitário; tornar tais comunidades resilientes aos eventos perigosos que, periodicamente enfrentam sem qualquer ajuda externa.

Porém a cada nova tragédia ou eleição, os políticos, autoridades e especialistas, retomam o velho discurso de implantar uma reforma urbana, reassentar as pessoas em áreas de risco, promover a regularização imobiliária, prover infraestrutura de água potável e saneamento, realizar obras para contenção de encostas e drenagem, diminuir o déficit habitacional, recuperar o meio ambiente, limpeza de rios e córregos, etc.

São inúmeras as promessas antigas, batidas e não realizadas, porém a GEOCART, sabendo ser impossível evitar a ocorrência de fenômenos naturais extremos, tem a convicção que a sua plataforma com alertas redundantes e treinamento prévio da população, faria com que as consequências fossem bastante minoradas, com menos prejuízos financeiros e nenhuma morte por desconhecimento do perigo ou do que fazer e para onde ir nessas situações.

Dessa forma a GEOCART vem cumprindo a sua parte, ao produzir inúmeras facilidades a fim de fomentar a cultura da segurança nas comunidades vulneráveis, Com a disseminação antecipada de informações e conhecimentos sobre ações educativas direcionadas à redução riscos de acidentes, além da conscientização sobre os perigos existentes e participação nos planos de ação de emergência, que existem para a sua salvaguarda. Só assim, acredita-se que os comunitários vulneráveis, saberão manter a tranquilidade e cumprir as atribuições necessárias para colocar familiares e vizinhos em locais seguros. 

Além da plataforma idealizada, são inúmeras as atividades que a GEOCART fomentará visando reforçar a resiliência da comunidade, tais como:
• Cadastramento da localização e contato de pessoas que precisam de ajuda para o abandono da área em risco;

• Formação de grupos de facilitadores – voluntários, brigadistas e líderes comunitários, que receberão treinamento especial para auxiliar as pessoas com necessidades na evacuação e na operação da plataforma;

• Priorização de mensagens com a evolução dos perigos para representantes dos bombeiros, polícias, hospitais, creches, escolas primárias, etc.;

• Capacitação contínua nos Planos de Ação de Emergência - PAE e Planos de Contingência Municipal - PLANCON, considerando o perfil de compreensão e conhecimento de cada comunitário;
• Intermediação para treinamentos gerais aos facilitadores, como primeiros socorros, combate a incêndio e a alagamento; através dos corpos de bombeiros, Cruz Vermelha e instituições não governamentais.
• Adaptação e distribuição de material lúdico criado por instituições, como a UNICEF, para a introdução de ações educativas sobre prevenção de desastres, em escolas primárias;
• Intermediação de eventos direcionados à conscientização e mobilização pública, em praças, escolas, asilos, hospitais, a fim de motivar ações de autoproteção
 

Acredita-se que com o uso intensivo da plataforma pelas comunidades, um aplicativo de I.A., a partir de relatos do aparecimento de vazamentos, deslizamentos, trincas nas paredes e no chão; janelas e portas emperradas; postes e árvores inclinados; etc., poderá até evitar o surgimento de catástrofes, impedindo que prejuízos maiores aconteçam.

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